Os dias “especiais” como o Natal, Ano Novo, aniversários e Feriados são passados sem a pessoa, pois ela estará com a família .
Quando acordamos de um pesadelo, estamos em baixo, ou quando algo de especial nos acontece, a maioria das vezes não podemos chamar ou ligar para ele, pois está a dormir com a esposa e a nossa ligação seria uma “complicação”.
A nossa vida fica condicionada aos horários impostos para estar com ele e por vezes até para podermos telefonar, tudo consuante a sua disponibilidade.
Devemos estar mentalizadas que jamais faremos parte de planos e projetos do seu futuro, isso cabe à sua mulher e filhos, nós seremos sempre o seu passatempo descartável.
Tornaste uma pessoa clandestina, não há saídas com amigos, nem aqueles grupinhos de jantaradas, nada de idas ao cinema e teatro. Esses planos são para a mulher principal. Esquece as apresentações à família, óbvio! Para finalizar, muito raramente vão juntos a locais públicos, pois podem ser vistos juntos por alguém que conhece a “dita cuja”.
Os encontros amorosos serão 90% das vezes em motéis ou na tua casa, marcados em horário laboral, sempre ele a agendar a hora, pois não pode correr o risco de levantar suspeitas em casa. Acabamos por sair quase sempre prejudicadas tanto a nível profissional como pessoal, porque colocamos tudo em segundo plano, só para estar uma ou duas horas com o “homem dos nossos sonhos”. Abdicamos da nossa vida, colocamo-nos à mercê dele, mesmo sabendo que apenas somos um passatempo, mas preferimos viver na ilusão do que encarar a triste realidade.
Será que compensa ser a outra? Já para não falar do peso de consciência que se carrega, ao estar a contribuir para a destruição de um lar. Claro que depende dos valores morais de cada um, mas que é enorme, garanto.
Mais tarde, venho falar dos motivos que fazem as mulheres aceitam ser “a outra”.
Entretanto, gostava de saber a vossa opinião ética e moral em relação a “Ser amante”.
Muito obrigada por estarem aqui para mim, por lerem os meus desabafos e divagações. Um abreijo enorme a todas/os.